Em um período em que o isolamento social se mostra como a medida mais eficaz para evitar a disseminação do novo coronavírus, os pregões presenciais reduziram drasticamente Brasil afora. A corrida pela busca de pregões eletrônicos já vinha sendo observado após a publicação do decreto federal 10.024/2019, que exige que órgãos públicos comecem a modalidade online gradualmente quando os recursos vierem de verbas da União nas compras, e ganhou ainda mais força no último mês.
Vendo-se obrigados a fechar as portas, muito empresários passaram a experimentar os pregões eletrônicos, inclusive, empresas que nunca haviam participado de qualquer tipo de processo de licitação antes. A mudança ajuda no giro de caixa de quem viu seus lucros caírem a quase zero após a chegada da pandemia ao Brasil.
A plataforma BBMNET Licitações, por exemplo, mantida pela Bolsa Brasileira de Mercadorias registrou, em um mês, um aumento de 54% no número dos novos licitantes, enquanto o número de editais cresceu 30% e a quantidade de lotes nesses editais aumentou em 75%. A plataforma é uma das mais antigas do Brasil e é gratuita aos órgãos públicos.
Adriel Pereira Maciel que tem uma empresa de artefatos e cimentos no município de Cruzília (MG) há mais de 10 anos resolveu se arriscar e participar dos negócios online para não ficar parado. Escolheu o BBMNET. “Parece tudo muito fácil e rápido, agilizou muito os nossos negócios", contou. Mesmo quando a vida voltar ao normal, ele quer continuar participando das negociações eletrônicas. "Assim, não precisamos ir até a prefeitura. Optamos por essa modalidade e foi bem melhor ", finalizou.
Decreto Federal
O decreto que exige a obrigatoriedade do pregão eletrônico para órgãos públicos já está valendo para estados, Distrito Federal e municípios com população a partir de 15 mil habitantes. A obrigatoriedade para municípios menores, começará a valer a partir de junho, atingindo as cidades brasileiras em sua totalidade.